Sessão tira dúvidas: Quem tem maior risco de desenvolver diabetes?

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Por Dr. Fredson Balisa, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia, RQE nº18137 – Tel: 77998553100.

O diabetes tipo 2 caracteriza-se pela incapacidade do organismo de utilizar a insulina produzida pelo pâncreas. Em estágios bem avançados, pode haver ausência de produção de insulina. É mais comum em pessoas com mais de 40 anos (mas pode acontecer em jovens), que estão acima do peso ideal, sedentárias, sem hábitos saudáveis de alimentação e em pessoas com histórico de diabetes na família.

Confira a seguir os principais pontos sobre esta doença:
1. O número de casos de diabetes tipo 2 (DM2) vem aumentando devido o sedentarismo e piora dos hábitos alimentares, levando a obesidade.
2. O DM2 manifesta-se em pessoas geneticamente pré-dispostas, ou seja, ter familiares com diabetes é um fator de risco para desenvolver a doença.
3. O diagnóstico de diabetes é feito através da glicemia de jejum (maior ou igual a 126 mg/dl em duas ocasiões) ou através da curva glicêmica. Um glicemia colhida aleatoriamente maior ou igual a 200 mg/dl, na presença dos sintomas clássicos, também confere diagnóstico de diabetes.
4. O DM2 se desenvolve ao longo de anos. Pessoas com valores de glicemia de jejum entre 100 e 125 mg/dl ou glicemia entre 140 e 199 mg/dl na curva glicêmica, são diagnosticadas como portadoras de pré-diabetes.
5. Quem tem pré-diabetes ainda não apresenta os sintomas de diabetes: Aumento da sede e do volume urinário, aumento da fome e mesmo assim, com perda de peso. A pessoa com pré diabetes tem maiores chances de apresentar problemas de saúde como hipertensão, infarto do coração e acidente vascular cerebral, além de maior risco de evoluir para o diabetes.
6. As mudanças de estilo de vida são essenciais para ajudar controlar o diabetes: Aumentar a atividade física programada (como caminhada, dança, corrida, natação) ou espontânea (por exemplo, subir escadas, não utilizar o carro para percorrer pequenas distâncias). É necessário reduzir o consumo de carnes gordas e embutidos, reduzir o consumo de alimentos feitos com farinhas refinadas (massas como pães, biscoitos, bolo, macarrão) e aumentar o consumo de fibras, presentes nos grãos integrais, leguminosas, hortaliças e frutas. Limitar a ingestão de bebidas e comidas açucaradas ou de carboidratos simples (com pouca fibra).